21 de novembro de 2008

tatuagem.

engraçado. ontem eu estava cercada de gente. gente conhecida, gente que passei a conhecer. meios-sorrisos, gargalhadas, fofocas, charminhos, piscadelas, caras-e-bocas, passadas de mão no cabelo, brincadeiras, álcool, álcool,álcool, aquela coisa de sempre.

nunca fui tão sociável. e nunca voltei pra casa me sentindo mais sozinha no mundo.

eu não sei se tem a ver com você; eu, na verdade, nem sei dizer se já consegui processar a informação que você foi embora. mas acho que, só o fato de saber você aí, me dava um tipo de tranquilidade estranha, uma sensação de que ainda há esperança, e que, de repente, algumas pessoas podem ter seu final-feliz-hollywoodiano. agora isso acabou. nunca gostei de comédias românticas mesmo! -eu vou me enganar. vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo ás vezes, como se não te amasse sempre.

eu to sozinha agora. all by myself. ela me deixou e agora foi a sua vez. e de voces dois eu guardo a mesma lembrança gravada no corpo, a mesma marca. a que você causou, e que foi ela que ajudou a sarar. eu sempre detestei o meu joelho. e hoje, não há parte do meu corpo que eu goste mais.

'quero ficar no teu corpo feito tatuagem que é pra te dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem.'

falar que meus olhos são lindos é fácil, beibe. ( é, agora é com VOCÊ aí) eles são verdes. amar é achar bonito até as cicatrizes, as pequenas manchinhas no corpo, os machucados, o chulé. é ter a 'favourite beauty spot that you loved secretely 'cause it was on a hidden bit that nobody else could seem'.
ps: é realmente engraçado como a gente tem a mania de usar a palavra engraçado justamente quando as coisas não têm nada de engraçado.

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