23 de dezembro de 2008

one more time.

"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."
Clarice Lispector, em Um sopro de vida.

o mundo está ao contrário e ninguém reparou.

quando o nós ainda existia, nós éramos tão diferentes, não éramos, beibe? você era tão mais você; junkie, bêbado, inconsequente, irresponsável, maluco, maluco beleza. e era esse você que eu idealizava e adorava e amava; e eu, era tão mais eu, segura, moderna, descolada, bêbada, maluca, maluca beleza. e nós juntos éramos ainda melhores que nós.
hoje tá tudo tão estranho. eu sinto como se eu fosse mais o antigo você do que eu mesma, e do que você mesmo, agora. um reflexo de você, uma sobra de você, uma cópia mal-feita de você, que ninguém quis comprar e acabou esquecida numa prateleira vazia.
eu me comporto que nem o antigo você; canto, danço, falo e fumo que nem o antigo você; tenho os trejeitos e manias do antigo você, faço as mesmas merdas, saio com as mesmas pessoas e vou aos mesmos lugares que o antigo você; cultivo as mesmas inimizades que ele.
Camões já dizia: transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada.
isso é amor? ou só loucura mesmo? querer tanto, precisar tanto de uma pessoa, a ponto de se transformar nela quando não se pode tê-la. tornar-se indivíduos. um só. afinal, sendo você, eu não corro o risco de te perder jamais.
mas perco coisa muito pior; eu perco a mim mesma.
e aí me dou conta que a troca não foi lá bom negócio.
porque parece que a única pessoa que gostava do antigo você era mesmo a antiga eu.
e agora hein? fudeu gael.

22 de dezembro de 2008

mesmo sendo, agora, uma sobrinha.


E assim consigo dormir mais um dia, passar mais um dia, viver mais algumas horas, sem ligar pra única pessoa que eu queria ligar. Consigo seguir em frente mais um dia sem ligar pra ele. Consigo distrair meus dedos, minha mente, meu peito, minha violência, meu buraco, minha vertigem, meu soco no estômago, meu desespero, meu automático, meu extinto contrário, minha curiosidade infantil mas sempre com resultados duros demais para uma criança, minha vontade de enfiar o dedo na tomada só pra sentir a descarga mortal que tanto parece com impulso de vida. Consigo distrair os batimentos cardíacos que sinto em lugares do meu corpo que ainda queriam mais um toque dele. E partes da minha pele que saem buscando porque ainda não receberam a informação do fim, o sangue ainda não levou a má notícia para meu corpo todo. E consigo distrair minhas roupas, que querem se mostrar, cada dia uma diferente, para ele. Só para ele. E distrair meus ouvidos loucos pela sua voz. E distrair meus pés loucos pra encaixar atrás da sua batata da perna. E distrair minha língua, querendo decodificar e marcar cada centímetro das suas estranhezas. E distrair a crença cansada, a saudade renegada. Distrair essa sobrinha de você que continua enorme, mesmo sendo, agora, uma sobrinha. A conta vem cara, os amigos são muitos, as risadas invadem, o sofrimento dissipa. Eu sigo. Eu sigo sem ligar. A mão captura rápido o celular, eu começo a colocar o número dele. Mas passa. Ligo pra outro. E outro. E outro. E passo mais um dia sem fazer o que eu sei que não devo. Tudo o que ainda pensa e se preserva em mim grita e eu escuto. Sem cabimento, sem história, sem motivo, sem eco, sem colo, sem cumplicidade, sem acolhimento, sem nada. O que mais eu quero ouvir? O que falta para eu entender que acabou? Que dor falta sentir? Que parte do meu conformismo estava de férias essas semanas? O que falta viver em cemitérios abandonados? O que falta sentir em peitos esfaqueados? O que falta amarrar nesse emaranhado de fios dilacerados que eu virei? O que falta amar em olhares escondidos? O que falta acreditar quando a verdade é tão absurda que ocupa tudo? Não passo de uma força descontrolada que vai dar com a cara na parede branca, dura e incorruptível. Não ligue, Tati. Ligue para o mundo inteiro, encha o mundo inteiro, canse o mundo inteiro, ame o mundo inteiro. Vamos, mais um dia. Tente mais um pouco o resto. Daqui a pouco, esse resto vira rotina. Esse resto vira tudo. E ele será resto. Mais um pouco. Vamos, se esforce. Use essa violência para construir uma parede e não mais para sair esmurrando outras paredes por aí. Vamos, não ligue. Daqui a pouco isso se perde, como tudo. Como todas as pessoas fazem. As pessoas fazem isso, e seguem, equilibradas, frias, certas, velhas, assustadoras. Você pode ser como elas. Você é como elas. Não, você não é. Mas foda-se. Mesmo assim, não ligue. Nunca mais.

17 de dezembro de 2008

a quem eu possa confessar alguma coisa sobre eu.

estranho. mas eu, agora, aos 25 anos, me sinto mais perdida do que eu me sentia aos 17 anos. naquela época eu tinha minhas convicções, meus planos e ideais. tá, logo depois eles todos se mostraram tolos, enganosos ou profundos igual a um prato de sopa. mas pelo menos eu os tinha, e acreditava neles. eu sabia o que eu não queria e o que eu queria pra minha vida, embora o que eu quisesse era ser hippie e vender brincos em Ilha Grande.
hoje eu não acredito em mais nada, eu não sonho. eu simplesmente levo a vida. e deixo ela me levar. zeca pagodinho sucks.

8 de dezembro de 2008

sobre o tempo.


eu sei e voce sabe.
que ainda vai ser estranho, por uns tempos. que ainda vai doer. que quando eu te encontrar na rua, eu ainda vou ficar com cara de pateta sem saber se te cumprimento ou se te ignoro, por uns tempos. eu não quero te ignorar. sei lá porquê, não tenho mágoa nem raiva de você. eu sempre te disse isso lembra? que nada que você fizesse nunca ia me fazer ficar com raiva de você? aparentemente foi a única coisa que você levou a sério nessa história toda. eu não quero te ignorar. mas eu tenho medo de sorrir pra você e você sorrir pra mim daquele jeito que só você sorri e eu ver o chão desaparecer sob os meus pés de novo, e eu me deixar cair, cair, até me esborrachar de cara no chão de novo. é por isso que eu te evito, fikdik. se você sentir vontade de falar comigo algum dia, pode falar. eu nunca serei mal-educada com você. só to mantendo uma distância segura.
e quando, numa rodinha de amigos, alguém tocar no seu nome e contar alguma história engraçada/escrota/bizarra sobre você, eu vou continuar escutando tudo com aquele sentimento estranho que eu nunca sei explicar, por uns tempos. é meio nostalgia, meio tristeza, meio saudade, meio constrangimento, meio vontade.
e quando alguma amiga vier me contar dos seus casinhos e romances, e contar como é lindo e bom estar apaixonada, é o seu rosto que vai aparecer na minha cabeça, por uns tempos, e é com você que eu ainda vou me imaginar vivendo aquilo tudo que ela me conta com tanta empolgação. e ainda vou sentir um pouquinho de raiva e uma pitadinha de inveja dela e de voce, que estão vivendo isso que eu tanto queria.
e quando eu resolver espairecer, dando uma caminhada pela cidade, quem sabe; eu sei que ainda vou ver seu vulto nos lugares que a gente caminhou junto, por uns tempos.
e quando eu chegar em casa, depois de mais uma noitada, me divertindo horrores a noite toda, na hora de entrar no quarto e dormir sozinha e enfrentar todo aquele silencio e aquela frieza da madrugada, ainda é abraçada ao que você deixou pra trás lá em casa que eu vou conseguir dormir, por uns tempos.

mas como eu já disse, é só por uns tempos. alguma hora vai passar. já ta passando, sabe? é estranho que mesmo eu sabendo de tudo isso que eu escrevi aqui, e tendo presenciado tudo o que eu presenciei, eu não consegui chorar. não derramei uma lágrima por você, nem sei se eu posso dizer que, realmente, sofri. eu não fiz nada. não reagi. e isso é bom, mas me assusta um pouco. parece que eu simplesmente não sinto mais nada.

por isso, venho por meio desta te pedir um grande favor. devolve esse coração que ta aí com você?
ele é meu, só meu, e você, aparentemente não soube cuidar muito bem dele. eu sei, corações são coisinhas complicadas e frágeis de se cuidar e você, nunca foi lá um exemplo de responsabilidade. eu sempre soube disso, e mesmo assim, fui idiota a ponto de entregar o meu pra você cuidar.
mea culpa, eu assumo. então, por favor, só dá cá ele de volta pra mim, que eu vou cuidar dele,sozinha. all by myself. e vou consertar o estrago que você fez, pra que ele possa voltar a bater. e pra que eu possa, de novo, me sentir VIVA.
tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio...

6 de dezembro de 2008

adik.

acontece assim quando voce começa a deixar de gostar de alguém:
todas aquelas manias, os tiques nervosos, os gestos, os maneirismos verborrágicos, as expressões faciais; aquilo tudo que voce conhecia tão bem, que podia adivinhar o que ele estava pensando por um simples levantar ou abaixar de sobrancelhas; tudo aquilo que fez voce gostar tanto dele, e que fazia voce pensar em como ele era único, e especial, e essencial e insubstituível na sua vida;

tudo isso torna-se extremamente irritante e parece completamente artificial.
reflitãm.

4 de dezembro de 2008

senhoras e senhores, trago boas novas.

eu sempre me perguntei qual seria a minha reação se, um dia, eu te visse com outra pessoa.
olhando pra outra pessoa do jeito que voce olhava pra mim. rindo como voce ria comigo. beijando com a paixão que voce ME beijava.
hoje eu sei que eu sou uma boba por pensar nessas coisas. muito pior é te ver fazendo tudo diferente.
olhando pra ela de um jeito que voce nunca olhou pra mim. falando sério, ao pé do ouvido. beijando com carinho.
mas tudo bem. eu tive a resposta que eu queria. eu já sei qual é a minha reação ao te ver assim:

seguir em frente.
denotativa e conotativamente.

that's all folks.
cansei de chorar seu luto. e cansei de rir meu riso e derramar meu pranto ao seu pesar ou seu contentamento.
nem eu tô me aguentando mais. I'm [really] gonna left behind.



1 de dezembro de 2008


pensamento roubado do dia:
o nosso amor a gente inventa pra se distrair
e quando acaba a gente pensa
que ele nunca existiu.

AIAI...será que tds minhas almas gêmeas vieram viadas ou canalhas [ou ambas] nessa vida, MELDELS?

25 de novembro de 2008

das conversas inventadas.

Bazinha diz: então, nós temos que começar a pensar no carnaval, hein.


pensar no carnaval. a época que sempre gostei mais do ano todo. a oportunidade de estar junto com as amigas que eu amo e beber, e rir, e chorar, e cair e fazer todas as merdas que as licenças poéticas do mundo possam permitir. engraçado. nem a idéia do carnaval, no momento, me apetece.


' a gente pensa melhor tomando umas cervejas.' - alguém sugere.
'ok'- eu concordo.
sento no boteco. nos primeiros copos, estou ainda resmungando. 'ah, carnaval? pra que carnaval? festejar o que? o sem sentido da vida? a tristeza? o vazio? o...'
'mas meninaaa!' - escuto alguém gritar, ao longe.' que papo estranho é esse? então vc nao lembra o que eu te disse quando vc tava lá em BH? quem nasce no Rio já vem com meio carnaval andado, minha flor!'
eu ensaio um discreto sorriso.'é'- eu respondo.'mas malandro é malandro e mané é mané. meu carnaval andou mais do que devia, e já tá quase no fim, parece.'- e tomo mais umas cervejas. parece que estão descendo mais amargas do que o normal. mas é aí, que lá pelas tantas da noite, quase madrugada, ele aparece. ele sempre aparece nessas horas.' me ajuda, amigo. perdi o tesão até pelo carnaval, como fas?'- eu pergunto.
'querida.'-ele suspira.' te digo uma coisa, se o amor é fantasia, me encontro ultimamente em pleno carnaval.'
'ah!'- e é minha vez de suspirar.'pois eu te digo que das minhas fantasias, eu já me despi, e meu carnaval inteiro agora parece só uma interminável quarta-feira de cinzas.'
aí ele olha pra mim. e sorri aquele sorriso meio malandro, meio maledicente e meio paternal, que só ele sabe dar. lança mão da minha caixinha de fósforo que estava sobre a mesa e começa a cantarolar.
'acabou nosso carnaval, ninguém ouve cantar canções, ninguém passa mais brincando feliz, e nos corações saudades e cinzas foi o que restou. pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê, que nem se sorri, se beija e se abraça, e sai caminhando, dançando e cantando cantigas de amor. e no entanto é preciso cantar! mais que nunca é preciso cantar, é preciso cantar e alegrar a cidade. a tristeza que a gente tem, qualquer dia vai se acabar, todos vão sorrir, voltou a esperança, é o povo que dança contente da vida, feliz a cantar. porque são tantas coisas azuis, e há tão grandes promessas de luz, tanto amor para amar de que a gente nem sabe! quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais, com a beleza dos velhos carnavais, que marchas tão lindas, e o povo cantando seu canto de paz.'
e meu olho enche d'água, mas ao invés de lágrima, o que aparece é um sorriso. dessa vez, sem ensaio. um sorriso mais forte que eu, que minha tristeza que não queria deixar ele sair. e então eu penso:
'voce tá mais que certo, vinicius. quer saber? todo carnaval tem seu fim, mas deixa eu brincar de ser feliz, enquanto posso.'

22 de novembro de 2008

encontros e desencontros.

-oi.
-oi.
-tudo bem?
-não.
[não, tá tudo uma grande e imensa merda, mas nem você e nem ninguém quer de verdade uma resposta sincera pra esse tipo de perguntinha feita, mas mesmo assim, às vezes a gente manda pras cucuias as convenções.]
- o que você tem?
[já começou errado, pq voce não pergunta 'o que voce nao tem'? porra, desde Freud, a humanidade já aprendeu que a falta é o que nos faz sofrer. o que dói em nós é justamente aquilo que a gente não tem/ não pode ter. voce continua:] - aconteceu alguma coisa?
- nada.
[eu desisto de tentar.]
-ah,ok.
-...

PORRA! pq as pessoas não conseguem entender que NADA é justamente a pior coisa que pode [não] acontecer?

Sobre a separação II.

Quando você vai embora de nós
o pronome parte-se ao meio
você diz que só leva o s
e o que adianta?
se comigo sobra o nó
na garganta.

Rita Apoena.

alter-ego, mano.

não tenho vontade nenhuma de lutar por você, mas também não tenho vontade nenhuma de não lutar. Não espero nada, mas também não espero outra coisa nenhuma. Eu não tenho nada.

-

eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar.
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista.

tati Bernardi.

abre los ojos.

ter você me confortava, me distraía. voce era a única pessoa que me fazia ser eu de verdade, aí nessa porra de cidadezinha.
e sem você, eu sou obrigada a olhar pra minha vida e perceber a merda que ela realmente é.

(pequena epifania surgida de uma conversa dramática no msn com duas grandes amigas. eu sei que parece que eu não entendo, ou que voces nao estao ajudando, mas vcs nao sabem o quanto eu agradeço por ter pelo menos essa certeza na vida: de ter algumas poucas - mas boas e suficientes- amigas de verdade. amo vcs)

ps: esse post foi editado. depois que eu o reli, eu percebi que esse 'voce' serve pra voces dois. voce que eu amei pra sempre, enquanto durou. e voce, que eu acho que vou sempre amar. afinal, o NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS de se ter quem morreu. e dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo(a), mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER.
C.F.A.

clichezando.

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


sempre voce, vinicius.

would you erase me?

coisas que eu percebi sobre você - ou sobre mim? - enquanto olhava a chuva cair:

eu percebi que você nasceu pra ser livre. voce nasceu pra encantar e ser encantado, e esse encanto tem que ser alimentado constantemente, tipo uma fogueira. tudo em vc é fullgás, diria a Marina.
e eu te entendo, pq eu tb sou assim, sabia? meu encanto pra vc acabou; o seu dura mais, infelizmente [ vc me avisou que era feiticeiro, mea culpa]. mas, como eu sei que é uma merda ser assim, te deixo, enfim, livre.
fique você aí, com suas menininhas bonitinhas de 17 anos, que sempre rirão das suas piadas, sempre acharão um charme seu jeito junkie-fake-filosófico de ser, sempre acreditarão que vc é o cara mais inteligente na face da Terra. vai lá, cara, vcs se merecem.

eu percebi que não posso exigir mais de você, que você se deu ao máximo pra mim, que isso, apesar de me parecer pouco, é o máximo que vc se permitiu ser amado por alguém EVER. e eu agradeço por isso. eu não posso mais querer nada do seu futuro, e tenho que esquecer o seu presente, mas o seu – ou melhor- NOSSO passado, desse eu não abro mão. mas entendi, que o que a gente faz com um passado bonito é assim é guardar ele numa caixinha de lembranças que a gente abre de vez em quando só pra dar uma olhadinha e sorrir, com saudade, ternura e resignação.

eu percebi, que quando eu realmente acreditar nisso tudo que eu escrevi aí em cima, I'll get over you. e aí vai ser lindo. pq a gente vai poder voltar a sair, beber junto, rir, dançar na rua e fazer merda como antes. e eu te juro, é tua companhia que me mais me faz falta, nem é o teu corpo. [apesar de eu amar os seus ombros e as suas pernas, voce sabe ;)]

e, mais importante, eu percebi que eu consigo sim, fazer isso, se eu realmente quiser. voce nao é a pessoa mais importante do mundo. eu até posso ás vezes achar que é. mas não é. eu achava isso do outro tb, aquele antes de vc, lembra? e entao? não passou? vc passa tb.

Eles passarão; eu passarinho. (y)

sabe qual é nosso grande problema, beibe? um filme com duas clementines kruczynski's não poderia mesmo dar muito certo. ninguém gosta muito dele, mas a verdade é que eternal sunshine só acaba bem por que existe um joel barish.


meet me in montauk.

21 de novembro de 2008

tatuagem.

engraçado. ontem eu estava cercada de gente. gente conhecida, gente que passei a conhecer. meios-sorrisos, gargalhadas, fofocas, charminhos, piscadelas, caras-e-bocas, passadas de mão no cabelo, brincadeiras, álcool, álcool,álcool, aquela coisa de sempre.

nunca fui tão sociável. e nunca voltei pra casa me sentindo mais sozinha no mundo.

eu não sei se tem a ver com você; eu, na verdade, nem sei dizer se já consegui processar a informação que você foi embora. mas acho que, só o fato de saber você aí, me dava um tipo de tranquilidade estranha, uma sensação de que ainda há esperança, e que, de repente, algumas pessoas podem ter seu final-feliz-hollywoodiano. agora isso acabou. nunca gostei de comédias românticas mesmo! -eu vou me enganar. vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo ás vezes, como se não te amasse sempre.

eu to sozinha agora. all by myself. ela me deixou e agora foi a sua vez. e de voces dois eu guardo a mesma lembrança gravada no corpo, a mesma marca. a que você causou, e que foi ela que ajudou a sarar. eu sempre detestei o meu joelho. e hoje, não há parte do meu corpo que eu goste mais.

'quero ficar no teu corpo feito tatuagem que é pra te dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem.'

falar que meus olhos são lindos é fácil, beibe. ( é, agora é com VOCÊ aí) eles são verdes. amar é achar bonito até as cicatrizes, as pequenas manchinhas no corpo, os machucados, o chulé. é ter a 'favourite beauty spot that you loved secretely 'cause it was on a hidden bit that nobody else could seem'.
ps: é realmente engraçado como a gente tem a mania de usar a palavra engraçado justamente quando as coisas não têm nada de engraçado.

olheiras, ossos e escárnio.

Já que você me viu dormir, acordar, tomar banho, gozar e ter medo de requeijão vencido, acho que posso te dizer mais algumas coisas. Até porque não preciso ter medo de espantar o que já está tão longe de mim.Eu vou embora porque tenho pavor de você querer que eu vá embora. Não ser mais desejada por você é como ser convidada pelo super homem para sobrevoar minhas dores e, de repente, só porque o super homem não existe e eu deveria saber disso, ser lançada lá de cima, de encontro aos meus mundinhos antes tão grandes, depois tão pequenos. Agora enormes. Se aproximando. Se aproximando. E cair de cara em mim mesma. E me quebrar e quebrar tudo de novo. Eu não faço questão que ninguém goste de mim, mas fico completamente louca quando alguém gosta. Porque descubro que cada segundo da minha vida foi pra sentir isso. E o que será dos próximos segundos? Não me tire da minha merda pra depois me lembrar que tudo é uma merda. Sem fim, sem fim.
tati bernardi.

26 de outubro de 2008

como a mão e a luva.

Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....

Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.

Sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.

Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.

tati bernardi.

24 de outubro de 2008

26 de julho de 2008

Eu não sou cachorro (de Pavlov) não


Se meu coração não se emociona mais, fiquei me perguntando o que eu estava fazendo ali.
Se não sonho mais, não planejo mais, não desejo mais, não espero mais nada, o que eu estava fazendo ali?
Não te amo mais, queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. Aliás, não quero mais nada. Só ir embora.
Eu só queria ir embora. Então, por que eu simplesmente não ia embora? Por que eu continuava obedecendo os comandos do meu ex-dono, sendo que ele não é mais dono nem do meu dedinho do pé que tem a unha mais curta?
Claro que sobrou um carinho, uma amizade, uma graça. O mesmo que tenho pelo resto da humanidade que julgo digno de alguns minutos do meu tempo. Mas tudo aquilo, meu Deus, tudo aquilo que era maior do que eu mesma, maior do que o mundo, que me soterrava, que me transportava pra outra realidade, que fazia meu corpo inteiro doer tanto de tanto sangue inchado que passava por ele, tudo aquilo, nossa, acabou. Já era. Então, por quê? Porque eu não dizia simplesmente que tinha ido lá rapidinho pra saber como estavam as coisas, coisas que amigos fazem, e vazava? Por que raios eu não ia embora?
Quero namorar esse homem? Não. Quero casar, ter filhos, envelhecer ao lado dele? Não mais. Nunca mais. Quero transar com ele, ainda que daquele jeito errado em que minha solidão procura um abraço e a solidão dele procura uma sacanagem? Não. Nem a pau. Quero reviver uma memória pra me sentir viva, emprestar uma alegria pura do passado? Não, tô fora de continuar sempre no mesmo lugar, me roubando minhas próprias histórias.
Quero lamentar a falta de um beijo inteiro, um abraço de verdade, um carinho sem medo e uma atenção entregue sem nenhum egoísmo? Não. Não quero mais mudar ou fantasiar ninguém. Deixa o mundo ser como é. Deixa ele ser como ele é.
O que eu queria, que era jogar uma conversa fora com uma pessoa que me conhece tão bem e que eu conheço tão bem e essas coisas, eu já tinha conseguido. Matar o tempo, rir da alma. E só. Coisa de no máximo uma hora, ou duas se eu pudesse beber vinho. Eu já podia ir embora. Mas não conseguia. Por quê?
Quando ele finalmente parou de falar e querer coisas como uma criança de cinco anos que ta pouco se lixando se você tem ou não como lhe dar aquelas coisas e se lhe dar aquelas coisas vai ou não complicar sua vida, o silêncio me contou um segredo que há muito tempo eu já desconfiava: a mente é burra.
Minha mente é burra. Quando minha mãe grita, mesmo ela sendo uma senhorinha fofa e eu tendo o dobro do tamanho dela, sinto um medo absurdo, como se eu ainda fosse aquele menininha de maria-chiquinha. É o sininho do Pavlov, que fazia o cachorro babar por comida mesmo que não estivesse mais com fome. A mente é automática, viciada, comandada, acostumada, burra.
Quando entro no avião pra ir pro Rio de Janeiro, mesmo eu tendo quase trinta anos nas costas e milhas de graça pra ir pra Nova Zelândia de tanto que já fui ao Rio, minha mente está congelada na menina de maria-chiquinha, que tinha medo de ficar longe da mãe, ainda que morresse de medo dos gritos dela. E de novo sinto um medo filho da puta.
E é por isso que quando ele, a pessoa que eu mais amei no mundo pois amei sem os bloqueios e sem a amargura que veio depois de tanto amor, me pede pra ficar, eu fico. Se alguma química idiota do meu cérebro obedeceu aquela voz por anos, por que haveria de parar de obedecer agora só porque o resto todo do corpo já não sente mais nada?
Mas ontem, quando finalmente peguei minha bolsa e fui embora e senti um alivio imenso de sair dali, eu combinei com a minha mente que ela não manda mais porra nenhuma. Chega de ser comandada pela parte mais “xucra” e sem alma da minha existência. Chega.
Quem manda aqui é o mesmo peito que me jogou pra fora daquela casa e daquela situação que sempre só me fez tanto mal e só me levou coisas tão bonitas.
Não quero mais as minhas repetições seguras e infelizes. Ainda que encarar um coração vazio seja mais assustador do que mãe brava, cidades estranhas e amores eternos que acabam.



tati bernardi.



deixa aqui pq eu acreditoesperodofundodaminhaalma que isso sirvo pra mim, um dia.

29 de junho de 2008

c r a c k i n u p

eu vou quebrar.

eu fujo do que preciso, preciso do que fujo.

quero silêncio e vivo constantemente com o som de um rádio ligado no meio do furacão.
não existe família, amigo, homem ou menino que possa me acalentar. não existe cura ou colo para a minha tormenta, não existe ninguém em nenhum lugar que possa acabar com isso. nada. nem a morte. nada. não existe paz. não existe paz.

eu vou quebrar.

não sei se é porque ninguém me diz o que eu preciso ouvir. não sei se é porque quem eu quero ouvir não me diz nada. não sei se é porque não quero que ninguém me diga nada e nem quero nada de ninguém. não sei se é porque às vezes acho que isso tudo é mentira. e que eu fujo do que preciso e preciso do que fujo. e não sei fugir de mim. e fujo de todo mundo e acabo sempre nessa solidão infernal, com o nariz ardendo e dores que não sei identificar. minha doçura se esvai. um dia eu soube lidar com isso e havia alguma doçura. não sei mais nem amar, que era o que eu fazia de melhor. não sei nem mais me entregar. não sei mais nada de nada.

eu vou quebrar. eu acho que já quebrei.

isso costumava ser bom. eu me partia e deixava de ser uma. agora eu me parto e simplesmente deixo de ser.

não posso nem mais ficar sozinha. porque agora fico sozinha com alguém para cuidar. não posso nem me destruir ao extremo porque seria cruel. seria destruir outra pessoa junto. não sei ser tão filha da puta. e também só sei ser assim.

eu estou rachando.

eu

ccccrr
ec


preciso de alguma coisa que eu não sei onde tem, o que é e nem como conseguir.
mas preciso e preciso agora.

antes que

Clarah Averbuck.

21 de maio de 2008

se ele apenas telefonasse...

Talvez seja o que ele está fazendo. Talvez esteja vindo para cá sem telefonar. Talvez já esteja a caminho. Alguma coisa deve ter acontecido. Não, nada lhe poderia ter acontecido. Não consigo imaginar nada lhe acontecendo. Nunca poderia imaginá-lo atropelado. Frio, morto e esticado numa calçada. Queria que ele estivesse morto. Esse desejo é terrível. Uma gostosura de desejo. Se estivesse morto, ele seria meu.
Se estivesse morto, eu não estaria pensando no agora e nas últimas semanas. Iria pensar apenas nos momentos felizes. Seria tão lindo! Gostaria que ele estivesse morto. Morto, morto, morto.

(...)
Vou pensar em alguma outra coisa. Vou ficar sentada quietinha. Se ao menos pudesse ficar quietinha! Ou ler um pouco.
Mas todos os livros só falam de pessoas que se amam de verdade, com ternura.
Por que vivem escrevendo sobre isso? Não sabem que é mentira? Uma merda duma mentira? Por que escrevem sobre isso, quando sabem que machuca? Merda, merda, merda.

Não vou ler. Vou ficar quieta. Afinal, qual é o problema? Vamos ver. Suponha que fosse uma outra moça. Bastaria que eu passasse a mão no telefone e dissesse: "Puxa, o que aconteceu com você"?
Pois é o que eu faria, com a maior naturalidade do mundo. Por que não posso fazer o mesmo? Só porque o amo? E se puder? Pois eu posso. Sinceramente. Vou ligar para ele, como quem não está nem aí. Não me deixe fazer isso, meu Deus. Não deixe, não deixe, não deixe.

Um telefonema - Dorothy Parker.

11 de maio de 2008

(in) direta

- é que as menininhas daqui são muito fracas.
- eu não sou daqui e coisa e tal.
- você não é uma menininha.

acho que, no fundo, no fundo, eu sou sim. sou eu a adolescentezinha da história toda aí.

e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.

porque essa é a única explicação que eu consigo ver pra me deixar ficar tão vulnerável, tão disponível, tão medrosa, tão nervosa e, principalmente, tão encantadinha depois de ouvir algumas frases bem formuladas, sussuradas ao ouvido, por um rapazinho esperto, madrugada adentro.

e mano, eu odeio criar expectativas. quem não espera nada não se decepciona nunca, não é mesmo o que "eles" dizem?
pq, nós, mulheres, não importa o quantoa gente bote a banca de mulher moderna, indepente, cabeça aberta e liberal, nunca, e eu digo com propriedade, NUNCA conseguimos nos acostumar com essa coisa de one-night-standing, meldels? a gente sempre espera mais. espera sim. a gente tenta se convencer que não. mas a gente espera. se a gente não esperasse, não haveria essa angústia. não haveria essa saudade cortante do porvir, do que não aconteceu, da continuação, de como poderia ter sido.
maldito carma esse tal de romantismo, que a gente é obrigada a carregar.

dama da noite.



Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros eomo você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.
Só por ele, por esse que ainda não veio, te deixo essa grana agora, precisa troco não, pego a minha bolsa e dou a fora já. Está quase amanhecendo, boy. As damas da noite recolhem seu perfume com a luz do dia. Na sombra, sozinhas. envenenam a si próprias com loucas fantasias. Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui. continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro.
Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.

caio f.

3 de maio de 2008

remember: If you talk to God you're religious. If God talks to you, you're psychotic.

eu vou pagar a conta do analista pra nunca mais ter que saber quem eu sou.



Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. Seu comportamento impulsivo freqüentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante.

Aspectos essenciais

  • Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la.
  • Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente.
  • Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem).
  • Sentimento de raiva freqüente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais.
  • Comportamento suicida ou auto-mutilante.
  • Sentimentos persistentes de vazio e tédio.
  • Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional.
MEDO MUITO, MUITO FORTE BLS?
ps: e é pra começar assim mesmo, nonsense.

que isso aqui não é pra ninguém entender nada. a não ser eu e, quem sabe, você.
dependendo de qual você você for. ;)

mais do mesmo.

merda de passado que nunca passa.

era melhor ter deixado o telefone descarregado forever.
nada pior que a angústia de esperar aquilo que a gente sabe que não vai chegar.

sabe, naquelas né?
no fundo sempre fica aquela ilusão-bobinha-mulherzinha de que 'ah! chegar agora seria pura retribuição...uma surpresa, no momento certo, vai ser bem melhor!'

Invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou
Vivo num 'clip' sem nexo
Um pierrot retrocesso
meio bossa nova e 'rock'n roll'

Faz parte do meu show...meu amor.

Ai.. Cazuza. Sempre a melhor companhia no final, de tudo.